Asfalto do Mirim Doce: Será que agora vai?

A Secretaria de Desenvolvimento Regional de Taió entregou na tarde de terça-feira dia 20, no auditório da Secretaria, a ordem de serviço para a conclusão da obra de pavimentação asfáltica, que liga a BR 470 ao município de Mirim Doce. A empresa A.mendes é que vai concluir a obra. Ela foi a vencedora da primeira licitação. A mesma empresa que se recusou a continuar a obra, alegando falha no projeto.

O valor licitado para a conclusão da obra, é de quatro milhões e quatrocentos mil reais. O projeto prevê a execução de todos os serviços necessários para terminar a obra, como terraplenagem, dreno para água da chuva, sinalização e obras complementares, da SC 425, através da comunidade de Forradinho, com extensão de pouco mais de cinco quilômetros. O enredo sobre a pavimentação começou em 2006 e já rendeu vários capítulos de uma novela sem Ibope.

O começo da novela

O primeiro capítulo sobre historia da ligação asfáltica de Mirim Doce e a BR 470, foi escrito no dia 18 de julho de 2006. A proposta de menor preço para pavimentação de dois mil e quatrocentos metros foi vencida pela empresa Ciro Odebrecht de Blumenau. O valor orçado na época era de um milhão e trezentos mil reais. Parecia na época entre a SDR de Rio do Sul e a Prefeitura de Pouso Redondo. O primeiro impasse foi sobre o local escolhido. Pela Paleta ou pelo Forradinho? Conversamos na época com o prefeito Henrique Perón prefeito sobre o assunto. Segundo Peron, se a ligação acontecer pela comunidade da Paleta o trecho é de nove kilometros. Se a ligação acontecesse pela localidade de Forradinho ganharia o Município e ganharia o Governo.

Com o asfalto passando pelo Forradinho, a distância diminui para sete mil e quatrocentos metros. A outra vantagem seriam os mil e seiscentos metros de pavimentação que contemplaria o perímetro urbano do município. Além de ser uma área livre com menor incidência de enchente, a base para o asfalto é melhor.

No meio do rolo

na tarde da sexta-feira dia 30 de novembro de 2007, era assinado o contrato e entrega da ordem de serviço, para a conclusão da pavimentação asfáltica, entre Mirim Doce e a BR 470. Naquela oportunidade dois quilômetros e setecentos metros já estavam já foram concluídos. A ordem de serviço era de três milhões e 300 mil reais. O prazo para execução da obra era de 360 dias, ou seja, deveria ser entregue no máximo no começo de dezembro do ano passado. O contrato previa os serviços de terraplenagem, drenagem pluvial, superficial e profunda, e pavimentação asfáltica, dos cinco quilômetros restantes, sinalização e obras complementares, da SC 425 via Forradinho.

A assinatura e entrega da ordem de serviço, aconteceu na Câmara de Vereadores de Mirim Doce com presença do diretor-geral da SDR Taió, do deputado estadual Rogério Mendonça e dos prefeitos de Mirim Doce, Bernardo Peron; prefeito licenciado Henrique Perón, dos prefeitos de Salete e Taió, além do presidente da Câmara de Mirim Doce, secretários municipais e lideranças do município.

Em setembro de 2008 os vereadores de Taió, ainda não tinham digerido a opção do Governo do Estado, em construir o acesso asfáltico entre Mirim Doce a BR 470, através de Pouso Redondo. A intenção tanto do comércio, como dos poderes públicos taioenses, sempre foi ligar Mirim Doce com a 470, através de Taió pela margem Direita. O receio, era que o comércio local, perdesse com a finalização da obra, que liga Mirim Doce a Pouso Redondo, pelo Forradinho.

O problema, é que em caso de enchentes, o acesso entre Taió e Mirim Doce, ficaria embaixo d’água e não resolveria nada ter asfalto embaixo d’água para quem mora em Mirim. Diante do que entenderam, prejudicial ao projeto defendido para o município, os vereadores encaminharam numa reunião da Ucavi, que aconteceu em Taió, uma moção ao governador e secretario de transportes. Os vereadores continuam, com a mobilização para consolidar também a ligação asfáltica, entre os dois municípios, pela margem direita.

Começa 2009 e tudo está parado

Uma reunião foi marcada para o dia oito de janeiro deste ano em hoje em Florianópolis, entre a empresa A.Mendes e a Secretaria de infra-estrutura do Estado, para colocar uma ponto final/ no impasse que estava atrasando a obra. A empresa A.Mendes com sede em Gravatal venceu a licitação para a pavimentação de pouco mais de cinco quilômetros. A ordem de serviço foi assinada em 30 de novembro de 2007 e a intenção da empresa era entregar a obra em agosto, mas até agora a obra ainda não foi concluída.

Segundo Samuel Dias, assessor da empresa com quem conversamos na época, o atraso foi provocado por um erro no projeto. Os trabalhos que devem ser executados para concluir a obra, diferem daqueles que estão no edital. O exemplo que Dias utilizou foi o seguinte: o projeto pedia dez caminhões de terra e na execução de um serviço, mas foram necessários cem caminhões. Para não ficar no prejuízo a empresa suspendeu os trabalhos, mas segundo Dias o problema deve ser resolvido ainda naquele a empresa iria continuar com a obra.