sexta-feira, 30 de outubro de 2009

“O essencial é invisível aos olhos”

Estamos próximos do dia de finados e essa data nos faz pensar sobre as tantas pessoas que não estão mais presentes entre nós. Dá saudade. Lembra amor. Revivemos dor.
A maioria de nós já perdeu um ente querido, e, se não perdeu, pelo menos conhece alguém que tenha perdido. Mas, se a morte é a única certeza de que temos porque é tão difícil pensar sobre ela?

Grande parte das pessoas sabe que vai morrer, mas não acredita muito nisso. Ou pelo menos acha que hoje não acontecerá nada. Que isso acontece só na família dos outros. Se acreditasse na vulnerabilidade de sua vida provavelmente seu comportamento seria diferente. Vivemos praticando atos que automaticamente achamos que precisamos praticar. Seguimos uma rotina sem pensar muito sobre ela. E, de fato, quando nos deparamos com a morte percebemos como não estamos preparados para lidar com ela.

Mas como podemos nos preparar para a morte?

De certa forma, quando aprendemos a morrer é que aprendemos a viver. Morrer é se libertar de tudo aquilo que é superficial e se concentrar/valorizar no que é essencial. Quando perdemos alguém que amamos muito é que nos damos conta de como nos prendíamos a coisas pequenas, detalhes insignificantes e de como as coisas materiais- que tanto almejamos- não são tão importantes. O materialismo e o consumismo perdem a graça.

Preparar-se para a morte significa aceitar que podemos morrer ou perder alguém a qualquer momento. Aí sim, conseguimos não ser tão ambiciosos. Tratar melhor as pessoas que fazem parte da nossa família, relacionamentos, trabalho; entender a preocupação dos pais; não sofrer tanto por não poder comprar algo que deseja; pelo corpo que não tem; pela pessoa que não te quer. Você se prepara para a morte sendo uma pessoa que vive intensamente, todo dia... cada instante.

Quem disse que o amor, a felicidade e o sentido da vida são regidos pelo verbo ter? Se houve alguém que disse, com certeza, essa pessoa não perdeu alguém que amou verdadeiramente.
E, você? Está preparado? Está fazendo tudo o que precisa fazer pelas pessoas que ama? Está sendo a pessoa que quer ser? Se sua resposta foi não para a maioria desses questionamentos aproveite para pensar sobre qual é o propósito que rege sua vida atualmente.
Podemos dizer ainda que se você teve a oportunidade de pensar nisso através de uma leitura e não da perda de alguém especial, já pode se considerar abençoado.


Indiara E. Gonçalves
Psicóloga
CRP 12/06728
e-mail: indiara_goncalves@hotmail.com

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