sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Política cambial e legislação ambiental preocupa produtores

“A política cambial brasileira está inviabilizando a agricultura e a indústria nacional. Temos que buscar soluções na questão cambial, criar uma comissão especial para tratar do assunto. A política cambial está causando preocupações enormes para esta safra e para a safra do ano que vem. Estamos perdendo a competição da venda dos nossos produtos no agronegócio internacional e isso é muito preocupante”, disse o deputado Valdir Colatto, na manhã de quarta-feira dia quatro, durante a reunião da Comissão de Agricultura, da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Colatto levantou, ainda, uma outra preocupação que os produtores têm tido quanto à questão ambiental e pediu pressa nas discussões. “A legislação ambiental precisa ser discutida logo, com bases técnicas e científicas. É preciso descentralizar o poder do Ibama e agilizar as licenças ambientais que estão atrasando os trabalhos do setor produtivo brasileiro. Temos que tratar a legislação ambiental com muita seriedade para amanhã não sermos surpreendidos por questões sem fundamento. A comissão especial está trabalhando muito forte para trazer as pessoas para essa discussão, que não tem conseguido avançar por motivos ideológicos,” ressaltou Colatto.

Na reunião, foi aprovado o requerimento do deputado federal Moacir Micheletto que cria o Fundo de Catástrofe que assegura a produtores rurais quando houver perdas na produção por catástrofes climáticas ou ocorrência de doenças e pragas. O fundo de catástrofe é uma antiga reivindicação do setor agrícola. A previsão é que ainda hoje ele seja apresentado no plenário da Câmara dos Deputados.

Aprovada por essa comissão também a proposta de fiscalização e controle, que propõe a fiscalização da sede e superintendências federais do INCRA, pela Comissão de Agricultura. Foi apresentado um relatório do deputado Luis Carlos Heinze, que mostra um mapeamento da atividade agrícola nos assentamentos rurais.

Segundo Colatto, esse relatório é de extrema importância para a agropecuária brasileira já que apresenta concretamente como estão sendo conduzidos os contratos agrícolas. “Esse documento mostra como foi a renda de nossos produtores. O Brasil precisa saber desses dados, conhecer claramente qual é a população economicamente ativa no campo, para que assim possamos planejar uma ocupação territorial brasileira mais justa. E assim, poder fazer com que o planejamento da agropecuária tome rumos diferentes, com legislação transparente e com dados concretos sobre o cenário da agropecuária atual”, ressaltou.

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