sábado, 29 de maio de 2010

Entrevistamos a secretária de educação de Taió, Rozi de Souza

Um assunto que está se tornando cada vez mais comum nos noticiários e nas reportagens relacionadas à educação é o bullyng. O Bully é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo. Para falar sobre o assunto convidamos a secretária de educação município de Taió Rozi T. de Souza.

OBV – As brincadeiras e brigas dentro e fora da escola são antigas e sempre existiram. Por que o assunto de repente está gerando tanta preocupação?
Rozi de Souza - Acredito que a violência esta se tornando mais evidente, comprometendo o convívio social e influenciando diretamente na aprendizagem. Hoje temos a intervenção do ministério público, conselho tutelar, estatuto da criança e do adolescente e outros órgão que nos ajudam a interferir e orientar estas ações que até pouco tempo não eram levadas tão a sério.

OBV – O bullyng deixou de ser uma “brincadeira” para se tornar agressão?
Rozi de Souza - Realmente começou-se a observar que certas brincadeiras repetitivas, que causam desconforto, intimidação, atitudes agressivas, devem ser levadas á sério por parte de todos os educadores comprometendo-os inclusive fora da sala de aula, onde acontece com mais freqüência esse tipo de agressão, que atue em defesa do aluno que sofre com esse tipo de intimidação.


OBV – Há duas ou três décadas, os alunos respeitavam mais a escola e os professores. O que mudou daquelas crianças e jovens para as crianças e jovens de hoje?
Rozi de Souza - Vários fatores interferem para essa alteração de comportamento. O principal deles é a ausência da família no acompanhamento escolar dos filhos. Com o desenvolvimento econômico, meios de comunicação e recursos tecnológicos suprindo a necessidade dos responsáveis, mães buscando intensamente seu espaço no mercado de trabalho e com isso a educação dos filhos ficou para segundo plano. O que observamos são nossos alunos sendo atropelados por um consumismo onde a ausência é recompensada com presentes, saídas não monitoradas, consumo precoce de bebidas, e outras drogas. Enfim, somos de uma geração que quando chagávamos em casa, tinha alguém da família nos esperando. Nossos alunos de pré escola e séries iniciais já andam com uma cópia da chave da casa e geralmente chegam em casa bem antes de seus pais que vão longe com sua jornada de trabalho.

OBV – Qual é o principal tipo de violência praticado pelos alunos contra os colegas?
Rozi de Souza - São adjetivos que denigrem, humilham e amedrontam os colegas. A exclusão é muito forte no contexto escolar. Essa é uma prática que interfere psicologicamente no colega. E a agressão física que parte de beliscões, empurrões ou mesmo bater em seus colegas.

Considerações finais
Com essa campanha de esclarecimento e com o “Programa de Combate Bullyng”, instituído pela Lei n.14.651 de 2009, que prevê a prevenção, compromete todos os educadores, a família e a sociedade na defesa das pessoas, principalmente os alunos que sofrem com essa prática. È uma forma de garantirmos dignidade e igualdade no convívio social. Precisamos o comprometimento de todos e o envolvimento da família para assegurar que nossos educandos tenham todos os seus direitos fundamentais assegurados, principalmente ao respeito, à dignidade e á liberdade.

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