quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Entrevistamos o deputado Federal Nelson Goetten - PR/SC

A entrevista desta semana é com Nelson Goetten de Lima, o taioense de maior expressão política até o momento. Único que chegou a Câmara Federal. Vereador e prefeito por uma, duas vezes deputado estadual. Junto com João matos são os dois representantes do Alto Vale na Câmara Federal. A entrevista foi por telefone, enquanto o deputado acompanhava a fiscalização dos trabalhos na BR 101.
Quando perguntamos se o Nelson Goetten que morava lá no Pinhalzinho imaginava que um dia iria defender os interesses da sociedade catarinense no Congresso em Brasília, o deputado disse que cada um nasce com uma missão na vida. “Acredito que ninguém nasce por acaso, e fico muito feliz por esta oportunidade que a vida me deu”. Depois de casado e já com dois filhos Nelson resolveu deixar a Localidade de Pinhalzinho, “foi talvez a decisão mais difícil da vida, deixar de ser agricultor para ser caminhoneiro na Perdigão”.
Nelson credita aos amigos a oportunidade de ser escolhido para disputar uma vaga na Câmara de vereadores. “não tive apenas a oportunidade de ser vereador, mas o vereador mais votado naquela eleição”. Nelson disse que ser vereador e ser prefeito de Taió foram os dois cargos mais importantes que ocupou. “Confesso que se tivesse mais experiência teria feito mais e melhor por Taió. Dentro das possibilidades e limites que o cargo de prefeito impunha, Nelson disse que “nunca me faltou espírito de luta, vontade de servir e buscar sempre o melhor”.
Nelson disse ainda que como prefeito “às vezes acontece de ver o município como se fosse um bem particular, por isso sempre se preocupou em administrar ouvindo as comunidades e as pessoas”. A falta de experiência na administração, que num primeiro momento poderia ser um fator complicador se mostrou muito positivo. “Como eu não sabia, tive uma grande vantagem. Tive um determinado sucesso na administração de Taió, mais pela qualidade dos servidores que sempre me ajudaram. Segundo Nelson Apenas Osni Hosang não era do quadro de servidores do município. Os outros secretários todos pertenciam ao quadro do Município.
Depois de administrar Taió o grande desafio foi concorrer a uma vaga na Assembleia. A primeira eleição foi mais difícil. Na segunda saiu de Taió o deputado eleito mais votado de Santa Catarina. “O único patrimônio utilizado foi o apoio dos amigos novamente”. Como deputado Federal Nelson se queixa do pouco espaço no Congresso nacional. Em três anos foi sorteado duas vezes para fazer uso da Tribuna. A segunda vez foi na segunda-feira dia 14, mas estava vistoriado as obras da BR 101.
Nelson disse que não esperava nunca viver esta oportunidade de ajudar a planejar o Estado de Santa Catarina. Um pedido do próprio Ministro dos transportes Alfredo do nascimento. Segundo Nelson Santa Catarina não tem projeto para duplicar a BR 470, em Joinville o trem passa dentro de cidade, o mesmo que acontece em Jaraguá do Sul. “Santa Catarina cresce com os mesmos índices da Índia e da China, e eu estou ajudando a planejar este Estado. É muito gratificante.”.
Sobre qual foi o momento dentro da carreira política que mais lhe emocionou, Nelson disse que “meu Deus do céu, agora você veja, a minha vida é uma eterna e moção”. O deputado não conseguiu de pronto responder. “Assim fica difícil (risos) pedir pra um ser humano que teve oportunidade de ser vereador, prefeito, deputado, já to igual ao Roberto Carlos, foram tantas emoções (risos). Ter a emoção de ser vereador, de ser prefeito de Taió parece ser uma grande emoção, mas se eleger deputado 114 votos na última vaga, disputando voto a voto, foi a maior emoção na vida política. A emoção de ser reeleito com a maior votação do estado, ou chegar a Câmara Federal, também foram lembrados. “Como eu disse, vida é uma eterna emoção. Cada dia é um novo desafio, e junto vem uma nova emoção.
A próxima pergunta foi para quem o deputado “não tiraria o chapéu”? uma alusão a uma pessoa, entidade ou evento que não mereceria reconhecimento, o deputado disse: “eu não tiraria o chapéu para o modelo político atual.Para este modelo, não tiraria o chapéu, para o presidente da Câmara, não tiraria o chapéu para a Constituição, por mais que possam dizer que ela foi importante para o Brasil. Não tiraria o chapéu para um sistema que virou um grande negócio.

A última pergunta foi a respeito da futura carreira política de Nelson Goetten. Perguntamos se o deputado iria à reeleição, a outro cargo, ou iria dar um tempo na vida política? “o Nelson Goetten viveu todas estas emoções e agora quer usar, quer a grandeza de ajudar, de ocupar o que aprendi para aqueles que estão começando agora na vida pública. Seria muita pretensão querer ser um professor, mas a sociedade não merece mais um Sarney Segundo Nelson, o Brasil não se renovou, porque não se renovou politicamente. Para Nelson as pessoas querem se eternizar no poder, e esta vontade acaba sendo prejudicial para a sociedade. O poder segundo o deputado deve ser transitório, e as pessoas não devem se perpetuar.
Nelson fez uma comparação de épocas. Segundo ele, quando estava na roça, se utilizava uma parelha de cavalos, hoje estamos na época da internet. “Os precisamos atualizar também nossos homens públicos. Precisamos trazer pessoas com novas ideias. Quero me juntar as estas pessoas e fazer parte desta renovação. Eu tenho uma vida, tenho família tenho uma atividade econômica pra desenvolver”. Nelson disse que chegou ao seu limite na carreira política. “Daqui pra frente deveria concorrer pra senador ou governador, mas não tenho pernas pra tanto. Chegou minha hora, não quero e não devo renovar o meu mandato”. Nelson agradeceu a quem colaborou, disse que poderia ter feito mais se soubesse mais. O deputado disse que ainda tem dois orçamentos pra decidir pra região e pra Santa Catarina. Se for convidado para ser secretário de Estado ou coordenar alguma eleição vai estar à disposição. Mas nesta próxima eleição vai ficar de fora.

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