segunda-feira, 5 de julho de 2010

Seminário de Taió - 50 anos

Antes de falar do Seminário de Taió, é necessário dar uma passada no em Ribeirão Grande, hoje Salete. Ali aos pés da santa D. Pio de Freitas resolvei construir ali um Seminário. Estamos no de 1945. Em 1946 chegaram os padres Bernardo Fuechter e Clemente Kampmann iniciaram a construção do prédio que recebeu a benção inaugural em junho de 1949 com a presença do bispo adjutor Dom Frei Inácio.
Em maio de 1958 o clero reunido na cidade de Lontras decidiu pela construção de um Seminário em Taió. a ideia foi aceita e o projeto autorizado pelo bispo de Joinville Dom Gregório Warmeling. A decisão final sobre onde seria a construção aconteceu no início de novembro de 1958 pelo reitor do Seminário do Morro padre Tito Buss.
Dois anos depois em fevereiro de 1960 sob a coordenação do padre Tito Buss e dos senhores João Leite e Herbert Knopp encarregados pela construção. A obra deveria ficar pronta até o dia primeiro de julho, data estipulada para a entrega do Seminário de Salete aos padres da Congregação do Espírito Santo, mas a construção extrapolou o prazo.
Em 25 de agosto de 1960 “mesmo sem o ninho estar pronto, as aves começaram achegar”. A primeira missa rezada pelo padre reitor Tito Buss foi no dia 18 de agosto. Os relatos apontam para um ano de muitas dificuldades. As repartições ainda não estavam prontas. Segundo livro do professor Fiorelo Zanella com o título “Pequena história do Instituto Nossa Senhora de Fátima”, lançado em comemoração ao primeiro encontro de ex-seminarista em julho de 1980, trás uma pequena crônica sobre a o inicio da vida dos seminaristas em Taió.
“Este é o dia, amanheceu pesado. Trovoada e chuva. Mesmo assim as avezinhas vem se aproximado para o seu ninho ainda em construção. todos ficaram muitos contentes, apesar de nada inda estar concluído na construção.E por cima de tudo a chuva impiedosa que nos de umidade e os arredores de lama”. 25 de agosto de 1060.
Em 1961 foi concluída a parte central do seminário e em 1965 o Instituto Nossa Senhora de Fátima já acolhia 110 seminaristas. Até 1980 já haviam se matriculados no Seminário Diocesano de Taió 580 seminaristas. Nestes 50 anos de atividade o seminário de Taió como ficou conhecido já abrigou mais de mil seminaristas destes 22 foram ordenados. Alguns já deixaram o clero.
Seminarista que passaram por Taió e ficaram padres
Luiz Fachini, Genásio Vargas, Evaristo Borgert, marino Loffi, Antonio Possamai, Alírio Vicenzi, José Francisco Krug, Raul Kestring, Silvino Scmitz, João Ferrari, Silvestre Kestring, Auri de Oliveira, Lourival Lunelli, René Gesser, Mauricio Vissentainer, Valdecir Rocha de Alcantra, Amarildo Bambinetti, Amarildo Bertoldi, Osmar Debatin, Ademir Elias, Lendro Kammer, Sidinei de Oliveira Nunes. Na fila de espera o diácono Marcio Looz. Muitos dos padres que assumiram a reitoria do seminário não foram internos aqui.

Muitos são os chamados
mas poucos os escolhidos

As vocações sacerdotais são também frutos da uma sazonalidade. Há épocas em que muitos jovens se sentem atraídos para o Ministério do sacerdócio, e as causas disto são inúmeras. No começo dos anos 80, havia mais de cinquenta internos, hoje. há sete, em 2002 o número passava de 30. Hoje há apenas secundaristas no seminário de Taió, mas muitos seminaristas construíram grande parte da vida no regime de internato. Faziam os quatro anos do antigo ginasial e mais três no ensino médio.

Impossível falar do Seminário e não falar das grandes festas de São João com suas fogueiras que passavam dos 20 metros. Era a oportunidade que o seminário tinha para juntar dinheiro e quitar as dívidas junto aos fornecedores. A colaboração das comunidades sempre foi necessária, bem-vinda e acontecia de forma constante. Era o empenho das várias paróquias da Diocese que ajudavam a manter a “sementeira” sempre bem abastecida.

Esta não é uma versão oficial da história do seminário de Taió, mas da ta merece destaque. Todos aqueles que passaram pelo seminário saíram com a mochila mais cheia do que quando entraram no seminário.

Se fossem contadas todas as histórias e causos que aconteceram dentro do Seminário, daria uma coleção de memórias e histórias. Olimpíadas, jogos de bandeirinhas, os três times de futebol, os banhos de lagoa, os banhos de água gelada, fileira de banheiros que tinha em volta da lagoa, e também as muitas tentativas frustradas de, pelo menos nos dias de geada, tentar “enforcar o banho do dia”.

Hoje o Seminário abriga um parque ecológico, aberto à visitação, a sede da rádio comunitária, o Peti funciona lá e a comunidade do bairro pode utilizar a antiga Capela utilizada para as orações da manhã e também da noite. Todos aqueles que passaram pelo seminário, se souberam aplicar o que aprenderam, se transformaram em homens de sucesso em todos os sentidos. Cinquenta anos é uma vida que deve ser celebrada com muita festa. O que dizer então de uma instituição que já presenciou mais de cinquenta mil anos de vidas? a grande confraternização desta data acontece nos dias nove, dez e onze de julho. é ora de se reencontrar.

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